Ações Extensionistas do PPGCS

Aqui serão destacados os impactos promovidos pelos docentes e discentes do PPGCS/UNIMONTES com o desenvolvimento de projetos de pesquisa em interface com a extensão nos campos socioeconômico e educacional, socioeconômico e tecnológico.
PPGCS/UNIMONTES se destaca pela relevante inserção de seus egressos no mercado de trabalho, quer seja nos serviços públicos e privados de Saúde, quer seja no meio acadêmico/pesquisa. Destacaremos a oferta de serviços em saúde e no ensino atrelados à pesquisa científica para as populações e comunidades norte-mineiras e além.



PROGRAMA DE EXTENSÃO, ENSINO E PESQUISA SOBRE O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (SAMTEA)
 
O Programa de Extensão, Ensino e Pesquisa sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (SAMTEA), coordenado pela docente pesquisadora Marise Fagundes, atua em parceria com a Associação Nacional de apoio ao Autista (ANDA) (polo norte-mineiro). O SAMTEA tem como objetivo prestar apoio às crianças com espectro do autismo, seus familiares e educadores da Educação Básica de Ensino municipal de Montes Claros (MG).
Através da realização de palestras, oficinas, mesas redondas, e minicursos e cursos de capacitação voltados para seu público alvo, com participação ativa de uma equipe multiprofissional (psicopedagogos, médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, esteticistas, biólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, educador físico, terapeutas ocupacionais, advogados, assistentes sociais), com desenvolvimento de ações interdisciplinares, o SAMTEA tem voltado suas ações de ensino, pesquisa e extensão com vistas ao atendimento de pessoas com TEA, especialmente crianças, em toda rede municipal de ensino público na cidade de Montes Claros (MG). O SAMTEA promoveu a capacitação de docentes da área de educação básica do município de Montes Claros (MG) para identificar crianças escolares com possível diagnóstico de TEA e canalizar os casos suspeitos para profissionais especialistas de referência Participaram cerca de 500 profissionais docentes da Educação Infantil e supervisores de Ensino de escolas da rede pública urbana e rural do município.
O TEA é um transtorno que atinge aproximadamente 1,4% da população mundial (CDC, 2014). Essa estatística implica que no Brasil existem aproximadamente 2,8 milhões de pessoas com TEA e na cidade de Montes Claros provavelmente 5.402 casos. O SAMTEA se propõem a desenvolver continuamente subprojetos cujas ações visam a i) capacitação de profissionais da Educação de todos os níveis (Educação Infantil e Fundamental e Nível Superior em Graduação e Pós-graduação) e da Saúde (Atenção
Básica de Saúde); e ii) de familiares de crianças com TEA via desenvolvimento de estratégias de acolhimento de pais e/ou responsáveis de crianças diagnosticadas com TEA em rede de atendimento multiprofissional (médico, odontológico, farmacêutico, psicológico, fonoaudiológico, psicopedagógico, ciência da computação, jurídico e de assistência social). Há desenvolvimento de atividades esportivas, contação de histórias, musicoterapia e teatro com as crianças e familiares participantes do projeto.
 
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PIC-OBMEP E OBMEP NA ESCOLA
 
O Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC) é destinado a alunos do Ensino Fundamental e Médio das escolas públicas que foram medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). O PIC é realizado por meio de uma rede nacional de professores em polos espalhados pelo país, e com reuniões em ambiente virtual. Esse programa tem como objetivo despertar nos alunos o gosto pele estudo da Matemática e pela Ciência, assim como, despertar nesses estudantes o seguimento de carreiras profissionais científicas e tecnológicas. O PIC-OBMEP propicia aos estudantes premiados em cada edição da OBMEP a realização de atividades de Iniciação Científica para capacitação em interessantes temáticas do ramo da Matemática. O PIC-OBMEP estimula esse estudante a adquirir novos conhecimentos científicos e prepara esse estudante para desenvolver um bom desempenho acadêmico e profissional. São oferecidas modalidades presencial e à distância. O PIC-OBMEP está sob a coordenação geral do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), e a coordenação regional é realizada por docentes universitários das diversas regiões do Brasil.
Desde a sua criação em 2003, o PIC-OBMEP polo norte-mineiro é coordenado pela docente pesquisadora do programa, Marise Fagundes. Em 2018, a região norte-mineira totalizou a participação de 100 alunos, distribuídos em sete polos (Montes Claros,
Janaúba, Diamantina, Brasília de Minas, Pedra Azul, Salinas e Paracatu). O PIC-OBMEP atendeu mais de 100 alunos na região norte-mineira distribuídos em sete polos: Montes Claros, Janaúba, Diamantina, Brasília de Minas, Pedra Azul, Salinas e Paracatu. Todos eles no Estado de Minas Gerais.
Os objetivos principais do projeto PIC-OBMEP norte de minas são: i) despertar nos alunos o gosto pelo estudo da Matemática e pela Ciência de forma geral; ii) motivar os alunos a aumentarem seus conhecimentos nas áreas científicas e tecnológicas; iii) aprofundar o conhecimento matemático dos alunos, por meio de resolução e redação de soluções de problemas, leitura e interpretação de textos matemáticos e estudo de temas matemáticos mais complexos; iv) desenvolver nos alunos habilidades, tais como: sistematização, generalização, analogia e capacidade de aprender por conta própria ou em colaboração com os demais colegas; v) incentivar o aprimoramento matemático de docentes, em especial daqueles que orientam os alunos bolsistas; e vi) estimular uma maior interação entre Escolas públicas de Ensino Básico e Universidades.
Já programa OBMEP na Escola é formado por professores de Matemática da Educação Básica, de escolas públicas, premiados pela OBMEP. O Programa OBMEP na Escola visa melhorar a qualidade do ensino da Matemática em escolas públicas no país. Esse programa visa estimular a realização de atividades extraclasses pelos alunos, fora do horário regular de aulas. Com carga horária de quatro horas, com periodicidade quinzenal, os alunos seguem um roteiro didático elaborado pela OBMEP, contendo, por exemplo, provas e banco de questões. Os professores são orientados pelos coordenadores regionais do programa durante os encontros de formação. Os objetivos principais do OBMEP na Escola são: i) diminuir a evasão na segunda fase da OBMEP dos alunos da escola onde é desenvolvido o programa; ii) melhorar resultado na segunda fase da OBMEP dos alunos da escola onde é desenvolvido o programa; iv) revelar evolução do IDEB da escola onde é desenvolvido o programa; v) quando se aplicar, melhorar resultado dos alunos na Prova Brasil; vi) quando se aplicar, melhorar resultado dos alunos nas provas de admissão dos IFES; vii) quando se aplicar, melhorar resultado dos alunos no ENEM.
 
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SEMINÁRIOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (SIC)
 
Em cooperação com docentes do Curso de Mestrado Profissional em Cuidados Primários em Saúde/UNIMONTES, as docentes do PPGCS, Desirée Sant´Ana Haikal e Marise Fagundes da Silveira, coordenam o programa “Seminários de Iniciação Científica (SIC)”. Esse programa de divulgação de conhecimento técnico-científico envolve também a participação de acadêmicos de IC e pós-graduandos. Esse programa, direcionado principalmente para acadêmicos de cursos de graduação, tem por objetivo divulgar assuntos diversos relacionados à pesquisa e seu entorno, tais como, “Currículo Lattes”; “Como Criar Projetos de Pesquisas”; “Noções Básicas de Bioestatística”; “Busca de Artigos Científicos em Bases de Dados”; “Plataforma Brasil”; “Estrutura de um Artigo Científico”; “Montagem e Apresentação de Pôster para Eventos Científicos”; “Criação de Banco de Dados no SPSS”; outros. A participação de convidados externos, principalmente acadêmicos de IES públicas e privadas locorregionais e pós-graduandos tem sido muito expressiva. As reuniões ocorrem em plataformas de reuniões online e contam com a presença frequente de cerca de 200 convidados externos. Certificados de participação dos convidados externos são emitidos aos participantes que assinam a lista de presença virtual do curso.
 
EXPRESSO CHAGAS E SAMITROP
Outro impacto social positivo dado pelo PPGCS/UNIMONTES se trata da atuação de seus docentes e discentes no desenvolvimento de projetos de pesquisas que visam investigar as causas e mecanismos de formação, implementar estratégias de prevenção e controle e identificar alvos moleculares terapêuticos para tratamento das doenças infecciosas crônicas negligenciadas (Leishmaniose, Doenças de Chagas, Hanseníase e Esquistossomose). Essas doenças são muito prevalentes em pessoas de cidades das regiões norte-mineira e dos vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Uma rede multiprofissional formada por acadêmicos de graduação, profissionais atuantes nos
serviços de saúde pública, pós-graduandos e as docentes pesquisadoras do programa, Thallyta Vieira e Desirée Haikal, é responsável pelo desenvolvimento de projetos de pesquisas e atividades de educação em saúde na forma de exposições, palestras, oficinas de música e teatro com a finalidade de promover o conhecimento a respeito das doenças infecciosas crônicas negligenciadas nas comunidades visitas dos municípios endêmicos. A equipe de trabalho também promove campanha para arrecadação e doação de roupas e brinquedos para pessoas de baixa condição socioeconômica. Com ações em educação em saúde. As ações realizadas estimulam o aprendizado teórico dos acadêmicos via experiência do ensino em saúde para a comunidade. O aprender-fazendo visa consolidar o aprendizado teórico e o fortalecimento da interação ensino, pesquisa, extensão e gestão.
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SAMI-TROP E PROJETO CHAGAS
 
Outra importante pesquisa, que conta com a participação de duas docentes permanentes do PPGCS/UNIMONTES (Thallyta Maria Vieira e Desirée Sant'Ana Haikal), de relevante Impacto social, se refere ao projeto de pesquisa “Pesquisa de Biomarcadores em Medicina Tropical de São Paulo-Minas Gerais (SaMi-Trop)”. Esse projeto de pesquisa é composto por uma rede de pesquisadores dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo, estabelecida com a finalidade de desenvolver e conduzir projetos de pesquisa sobre doenças infecciosas negligenciadas no Brasil, com foco inicial na descoberta e validação de biomarcadores da Doença de Chagas. O grupo iniciou os trabalhos no estabelecimento de grandes coortes de pacientes bem caracterizados e controles associados a um repositório robusto de espécimes apoiado pelo NHLBI em 2008. Inicialmente o grupo foi composto por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de São Joao Del Rei (UFSJ). Em 2015 a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) começou a integrar e colaborar com o projeto. Em 2013-2014 (1° onda/ baseline) foi estabelecida uma coorte prospectiva de mais de 2000 pacientes portadores de Doença
de Chagas (n= 2157 pacientes), provenientes de 21 municípios das macrorregiões Vale do Jequitinhonha e Norte do Estado de Minas Gerais, reconhecidas por serem endêmicas para Doença de Chagas. Dois anos depois, em 2015-2016 ocorreu a segunda onda de avaliações (follow-up), tendo-se conseguido êxito no acompanhamento de 1701 portadores da Doença de Chagas. Em 2019 foi realizada a terceira fase de avaliações. As avaliações incluíram coleta de informação sociodemográficas, determinantes sociais da saúde, comportamentos relacionados à saúde, comorbidades, medicamentos em uso, histórico de tratamento prévio para Doença de Chagas, classe funcional, qualidade de vida, Uso dos serviços de Saúde, Literacia em Saúde, Hospitalizações no período, coletas de sangue, ECG e ECO. Diversas publicações de importante impacto científico já foram alcançadas pelo grupo. O presente projeto de pesquisa conta com financiamento internacional (NIH_ Grant number: 2U19AI098461-06, FAIN: U19AI098461).
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SITUAÇÃO DE SAÚDE E DE TRABALHO DE FAMÍLIAS QUILOMBOLAS
 
Projeto de pesquisa com interface a extensão coordenado pela docente pesquisadora Cristina Sampaio que tem como objetivo realizar um mapeamento sobre situações de saúde e de trabalho de pessoas de comunidades rurais quilombolas, localizadas na macrorregião de saúde norte de Minas Gerais, Brasil. Essa pesquisa promove um levantamento sobre as ações de saúde coletiva voltados para as populações quilombolas. Trata-se de um estudo exploratório e analítico que quer compreender e investigar aspectos específicos dessas populações, tais como, aspectos das condições de vida, trabalho e saúde dos homens; saúde sexual e reprodutiva das mulheres; acesso a serviços odontológicos entre idosos quilombolas; e principais agravos e condições crônicas e de saúde mental de adultos e idosos. O projeto vai analisar esses aspectos em populações de adultos e idosos quilombolas residentes em comunidades rurais das microrregiões de Januária, Manga, Francisco Sá, Brasília de Minas, Janaúba, Salinas, Coração de Jesus e Montes Claros.
 
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CAFÉ COM QUALI
A docente pesquisadora Cristina Sampaio, desenvolve com docentes, pesquisadores, pós-graduandos e acadêmicos em atividade de Iniciação Científica de uma atividade denominada “Café com Quali”. A estratégia dessa atividade de divulgação do conhecimento é de aproximar estudantes, pesquisadores e docentes nas temáticas teórico-práticas relacionadas com a pesquisa qualitativa. As reuniões contam com palestrantes com diferentes experiências na pesquisa qualitativa, em todas as áreas do conhecimento, mas, notadamente, a área da Saúde. No primeiro ano, pesquisadores, professores e estudantes (egressos ou não) da Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, PUC-Minas e PUC-Campinas participaram dessas reuniões apresentando suas trajetórias investigativas na pesquisa de abordagem qualitativa. Todas as reuniões são públicas e gratuitas, gravadas em vídeo e posteriormente inseridas num canal do YouTube especialmente criado para a atividade.

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